Apocalipse 3

Almeida Antiga - IBC

Quinta carta: à igreja em Sardes
1 Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Isto diz aquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras; que tens nome de que vives e estás morto.
2 Sê vigilante, e confirma o restante, que está para morrer; porque não tenho achado as tuas obras perfeitas diante de Deus.
3 Lembra-te, portanto, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. Pois se não vigiares, virei a ti como ladrão, e não saberás a que hora virei sobre ti.
4 Tens alguns nomes, mesmo em Sardes, que não contaminaram as suas vestes; e comigo andarão de branco, porque são dignos.
5 O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
6 Quem tem ouvidos, ouça o que o espírito diz às igrejas.

Sexta carta: à igreja em Filadélfia

7 Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:
8 Conheço as tuas obras; eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar, pois tens pouca força, e guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
9 Eis que farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não o são, mas mentem, eis que farei que venham, e adorem prostrados aos teus pés, e saibam que eu te amo.
10 Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para pôr à prova os que habitam sobre a terra.
11 Venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, donde jamais sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, da parte do meu Deus, e também o meu novo nome.
13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Sétima carta: à igreja em Laodiceia

14 Ao anjo da igreja dos Laodicenses escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:
15 Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera fosses frio ou quente!
16 Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.
17 Porquanto dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu;
18 aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo, para que te enriqueças; e vestes brancas, para que te vistas, e não seja manifesta a vergonha da tua nudez; e unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.
19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo: sê pois zeloso, e arrepende-te.
20 Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele comigo.
21 Ao que vencer, eu lhe darei que se assente comigo no meu trono, assim como eu também venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Referências Cruzadas

1 Ap 1:4; Ap 1:16; Ap 2:2; Ef 2:1; Ef 2:5; 1Tm 5:6
3 Ap 3:11; Ap 3:19; Mt 24:42; Mc 13:33; Lc 12:39; 1Ts 5:2; 1Ts 5:6; 2Pe 3:10; Ap 16:15; 1Rs 13
4 At 1:15; Jd 23; Ap 4:4; Ap 6:11; Ap 7:9
5 Ap 19:8; Ex 32:32; Sl 69:28; Lc 12:8-9
6 Ap 2:7
7 At 3:14; Ap 3:14; 1Jo 5:20; Ap 1:5; Ap 6:10; Ap 19:11; Is 22:22; Lc 1:32; Ap 1:18; Mt 16:19; Jó 12:14
8 Ap 2:1; 1Co 16:9; 2Co 2:12; Pv 7:1
9 Ap 2:9; Is 49:23; Is 60:14
10 2Pe 2:9; Lc 2:1; Is 24:17
11 Fp 4:5; Ap 1:3; Ap 22:7; Ap 22:12; Ap 22:20; Ap 3:3; Ap 2:25; Ap 2:10; 2Tm 4:8
12 1Rs 7:21; Gl 2:9; Ap 2:17; Ap 14:1; Ap 22:4; Gl 4:26; Hb 12:22; Ap 21:2; Ap 21:10; Ap 22:4
13 Ap 2:7
14 Is 65:16; Ap 3:7; Ap 1:5; Ap 19:11; Ap 22:6; Cl 1:15; Pv 14:5
15 Ap 3:1; Mt 24:12; 1Co 15:31
16 Gn 19
17 Os 12:8; 1Co 4:8; Rm 7:24; 1 Co 15:19; Tg 2:5; Sf 1:17; Gn 3:7-11; Ap 2:9
18 Is 55:1; Mt 13:44; Mt 25:9; 2Co 5:3; Ap 7:13; Ap 16:15; Ap 19:8; Sl 119:105
19 Jó 5:17; Pv 3:11; Pv 3:12; Hb 12:5; Hb 12:6; Tg 1:12
20 Lc 12:37; Jo 14:23
21 Mt 19:28; 1Co 6:2; 2Tm 2:12; Ap 2:26; Ap 2:27
22 Ap 2:7

1 Mordomos fiéis de nós mesmos. Deus conclama esta igreja a fazer uma mudança. Os crentes tinham nome de estar vivos, mas suas obras eram destituídas do amor de Jesus. Oh, quantos já caíram porque confiaram em sua profissão de fé para ser salvos! Quantos se perdem porque se esforçam para manter um nome! Se alguém tem a reputação de ser um evangelista bem-sucedido, um pregador talentoso, uma pessoa de oração, uma pessoa de fé, uma pessoa especialmente consagrada, há sério perigo de que naufrague na fé quando testada pelas pequenas provas que Deus permite que sobrevenham. Com frequência seu grande empenho será conservar sua reputação.
Aquele que vive com medo de que outros não apreciem seu valor está perdendo de vista Aquele que é o único que pode nos tornar dignos de glorificar a Deus. Sejamos mordomos fiéis de nós mesmos. Tiremos os olhos do eu e os coloquemos em Cristo. Então não haverá problema algum. Todo o trabalho feito, por mais que pareça excelente, é inútil se não tiver sido feito no amor de Jesus. A pessoa pode passar por todo o ciclo de atividades religiosas, mas, a menos que Cristo seja entretecido em tudo o que ela diz e faz, ela estará trabalhando para sua própria glória (Carta 48, 1903).
1-3 Lembre-se do que recebeu. É feita a advertência de que chegaria o tempo quando erros se introduziriam como um ladrão para roubar a fé do povo de Deus; quando este precisaria vigiar diligentemente e estar constantemente em guarda contra os enganos do inimigo.
Em Sardes, muitos se haviam convertido por meio da pregação dos apóstolos. A verdade havia sido recebida como uma luz brilhante e resplandecente. Mas alguns haviam se esquecido da maneira maravilhosa em que haviam recebido a verdade, e Jesus achou necessário enviar uma reprovação.
Os membros antigos que levavam o estandarte haviam caído um após outro, e alguns haviam se cansado das verdades constantemente repetidas. Desejavam um novo tipo de doutrina, mais agradável para muitas mentes. Achavam que precisavam de uma mudança maravilhosa e, em sua cegueira espiritual, não discerniam que seus sofismas iriam desarraigar todas as experiências do passado.
Mas o Senhor Jesus podia ver o fim desde o princípio. Por meio de João, enviou-lhes a advertência: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão” (Ms 34, 1905).
Os perigos do sofisma. Entre as pessoas a quem esta mensagem foi enviada, havia aqueles que tinham ouvido João Batista e sido convencidos por sua pregação, mas que perderam a fé em que um dia se haviam regozijado. Havia outros que tinham recebido a verdade por meio do ensino de Cristo e que tinham sido crentes ardorosos, mas que haviam perdido seu primeiro amor e estavam sem forças espirituais. Não haviam guardado firme, até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tiveram. Tinham nome de que viviam, mas, no que diz respeito a exercer uma influência salvadora, estavam mortos. Tinham forma de piedade sem ter o seu poder. Faziam sofismas sobre assuntos sem importância especial, que não haviam sido dados pelo Senhor como testes, até que esses assuntos se tornavam como montanhas, separando-os de Cristo e uns dos outros. […]
“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.” Para com Deus, a aparência exterior não vale nada. As formas exteriores da religião, sem o amor de Deus no ser, são completamente inúteis.
“Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer.” Esta é nossa obra. Há muitos que estão prestes a morrer espiritualmente, e o Senhor nos chama a fortalecê-los. O povo de Deus deve estar firmemente unido nos laços da comunhão cristã e deve se fortalecer na fé, falando com frequência uns aos outros sobre as preciosas verdades que lhes foram confiadas. Nunca devem gastar seu tempo acusando e condenando uns aos outros (RH, 10/08/1905).
1-4 Pesando o caráter. A minuciosidade revelada por Cristo ao pesar o caráter daqueles que tomaram Seu nome, denominando-se cristãos, nos leva a perceber mais plenamente que toda pessoa está sob Sua supervisão. Ele conhece os pensamentos e propósitos do coração e também todas as palavras e todos os atos. Conhece tudo sobre nossa experiência religiosa; sabe a quem amamos e servimos (Ms 81, 1900).
1-5 Poucos fiéis em Sardes. A igreja de Sardes é representada como possuindo umas poucas pessoas fiéis entre as muitas que haviam se tornado, por assim dizer, descuidadas e insensíveis com respeito a suas obrigações para com Deus. “Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.” Quem tem o privilégio de ser contado entre esses poucos em Sardes? Será que você tem? Será que eu tenho? Quem está entre esse número? Não seria bom examinarmos este assunto, para saber a quem o Senhor Se refere quando diz que umas poucas pessoas não macularam suas vestiduras brancas do caráter? (Ms 81, 1900).
Apocalipse 3, uma mensagem vital (v. 14-18). Na mensagem para a igreja de Sardes são apresentadas duas classes de pessoas: aquelas que têm o nome de que vivem mas estão mortas, e aquelas que estão sê esforçando para vencer. Estudem essa mensagem, encontrada em Apocalipse 3. [Citado Ap 3:1, 2.] Quem são estes que estão para morrer? E o que fez com que ficassem assim? A explicação é dada: “Não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus” [Citados v. 3-5.]
Esta mensagem é enviada à igreja dos dias atuais. Conclamo os membros de nossa igreja a lerem o terceiro capítulo do Apocalipse, e a fazerem uma aplicação dele a si. A mensagem à igreja de Laodiceia se aplica de maneira especial ao povo de Deus hoje. É uma mensagem para os professos cristãos que se tornaram tão semelhantes ao mundo que não dá para se ver nenhuma diferença [citados v. 14-18] (RH, 20/08/1903).
3 Guardar o compromisso. “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o, e arrepende-te. Os que nasceram de novo lembram-se com que alegria e regozijo receberam a luz do Céu, e quão ansiosos estavam de falar a todos de sua felicidade. […]
“Guarda-o.” Isto não quer dizer conservar os pecados; mas guardar o conforto, a fé, a esperança que Deus lhes deu em Sua Palavra. Jamais se desanimem. Uma pessoa desanimada nada pode fazer. Satanás está procurando desanimá-los, dizendo-lhes que não adianta servir a Deus, que isso não vale a pena e que é melhor desfrutar o prazer e divertimento neste mundo. Mas que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc 836). Vocês podem fruir prazeres mundanos a expensas do mundo futuro; mas podem se permitir pagar tal preço?
Cumpre-nos “guardar” toda a luz que recebemos do Céu e viver de acordo com ela. Por quê? — Porque Deus quer que nos apeguemos à verdade eterna e que sejamos como Sua mão ajudadora, comunicando a luz aos que não se acham familiarizados com Seu amor por eles. Quando vocês se entregaram a Cristo, fizeram um compromisso na presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo: os três grandes dignitários pessoais do Céu. “Guarda-o” se refere a esse compromisso (FF [MM 2005/1956], 351).
“E arrepende-te.” A vida que vivemos deve ser de contínuo arrependimento e humildade. Devemos nos arrepender constantemente, para que possamos ser sempre vitoriosos. Quando temos verdadeira humildade, temos vitória. O inimigo nunca pode tirar da mão de Cristo aquele que está confiando, de maneira simples, em Suas promessas. Se a pessoa está confiando e trabalhando obedientemente, a mente fica suscetível às impressões divinas, e a luz de Deus entra, iluminando o entendimento. Que privilégios temos em Cristo Jesus!
Um verdadeiro senso de arrependimento diante de Deus não nos mantêm em servidão, fazendo com que nos sintamos como num cortejo fúnebre. Devemos ser alegres, não tristes. Mas o tempo todo devemos ter tristeza pelo fato de que, após Cristo ter dado sua vida preciosa por nós, dedicamos tantos anos de nossa vida aos poderes das trevas. Devemos sentir tristeza de coração ao nos lembrarmos de que, depois de Cristo ter feito tudo por nossa redenção, usamos no serviço do inimigo parte do tempo e das capacidades que o Senhor nos confiou como talentos a fim de que os usássemos para a glória de Seu nome. Devemos nos arrepender porque não nos esforçamos de todos os modos possíveis para conhecer a preciosa verdade que nos capacita a exercer a fé que atua pelo amor e purifica a alma.
Quando vemos pessoas longe de Cristo, devemos nos colocar no lugar delas, e, em seu favor, sentir arrependimento diante de Deus, não descansando enquanto não as levarmos ao arrependimento. Se fizermos tudo o que pudermos por elas e, mesmo assim, elas não se arrependerem, o pecado jaz à sua porta. Mas ainda devemos sentir tristeza de coração por causa da condição delas, mostrando-lhes como se arrependerem e tentando levá-las passo a passo a Jesus Cristo (Ms 92, 1901).
4 Ver Ellen G. White sobre Ap 19:7-9; Hb 2:14-18.
4, 5 Verdadeiros, leais e fiéis. Esta é a recompensa a ser dada àqueles que obtiveram um caráter puro e irrepreensível, e que, diante do mundo, guardaram a fé. Jesus Cristo confessará o nome deles diante do Pai e de Seus anjos. Eles foram verdadeiros, leais e fiéis. Diante de infâmia ou de boa fama, praticaram e ensinaram a verdade (Ms 26, 1905).
Um eterno peso de glória. “Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas” (Ap 3:4). Por causa de sua fé é-lhes confiada essa honra. Nesta vida, não se orgulharam, nem entregaram sua alma à vaidade (ver SI 24:4). Com desejo intenso, com fé pura e santa, apegaram-se à promessa de riquezas eternas. Seu desejo único era ser semelhantes a Cristo. Sempre mantiveram erguido o estandarte da justiça. A eles é concedido um eterno peso de glória, porque na Terra andaram com Deus, guardando-se incontaminados do mundo, revelando aos semelhantes a justiça de Cristo. Acerca deles, o Salvador declara: “Comigo andarão de branco, no mundo que lhes preparei” [citado Ap 3:5] (LC [MM 1968], 294).
4, 5, 10 A promessa da vitória. Essas palavras são dadas para as pessoas enquanto estão relacionadas com o mundo, sujeitas a tentações e influências enganadoras e ilusórias. Enquanto conservarem a mente nAquele que é seu sol e escudo, a escuridão e as trevas que os cercam não deixarão mancha ou mácula alguma sobre suas vestes. Andarão com Cristo. Orarão, crerão e trabalharão para salvar as pessoas prestes a perecer. Estas estão procurando romper os laços com que Satanás as prendeu, e não serão envergonhadas se pela fé tornarem Cristo o seu companheiro. Tentações e enganos serão constantemente trazidos pelo grande enganador, a fim de arruinar a obra do agente humano. Mas, se este confiar em Deus, se for manso e humilde de coração, guardando o caminho do Senhor, o Céu se regozijará, pois ele alcançará a vitória. Deus diz: “Ele andará de branco junto comigo, com vestes incontaminadas, pois é digno” (Ms 97, 1898; CT [MM 2002], 47).
5 Anjos estimam o valor moral. Cristo diz do vencedor: “De modo nenhum apagarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3:5). Os nomes de todos os que uma vez se entregaram a Deus são escritos no livro da vida, e seu caráter está agora sendo examinado diante dEle. Anjos de Deus estão avaliando o valor moral. Eles observam o desenvolvimento do caráter nos que vivem agora, para ver se os seus nomes podem ser retidos no livro da vida. É-nos concedido um tempo de graça para lavarmos e alvejarmos as vestes do caráter no sangue do Cordeiro. Quem está fazendo essa obra? Quem está se separando do pecado e do egoísmo? (Ex [MM 1992], 327).
6, 13, 22 Ver Ellen G. White sobre Ap 2:7, 11, 17,29.
8 Porta aberta. Foi tomada toda providência a fim de suprir as necessidades de nossa natureza espiritual e moral. … A luz e a imortalidade são manifestadas por meio do Senhor Jesus Cristo. Jesus disse que Ele pôs diante de nós uma porta aberta, e ninguém a pode fechar. A porta aberta se acha à nossa frente, e mediante a graça de Cristo, jorram através dos portais completamente abertos raios de misericordiosa luz (CD 5.7).
A porta da comunicação. A Testemunha Verdadeira nos deu a certeza de que pôs diante de nós uma porta aberta, que ninguém pode fechar. Aos que procuram ser fiéis a Deus podem ser negados muitos dos privilégios do mundo; seu caminho pode ser obstruído, e seu trabalho, prejudicado pelos inimigos da verdade mas não há poder que possa fechar a porta da comunicação entre Deus e sua alma, o próprio cristão pode fechar esta porta pela condescendência com o pecado, ou pela rejeição da luz do Céu. Ele pode desviar os ouvidos de ouvir a mensagem da verdade, cortando assim a ligação entre Deus e ele. […] Nem seres humanos nem Satanás podem fechar a porta que Cristo abriu para nós (RH, 26/03/1889; RP [MM 1999], 352).
14-18 Nossa condição revelada. A mensagem à igreja de Laodiceia revela nossa condição como um povo (RH, 15/12/1904).
Mensagem aos ociosos na vinha. A mensagem laodiceana é enviada aos ociosos na vinha do Senhor (Ms 26, 1905).
Aplicação da mensagem laodiceana. A mensagem à igreja de Laodiceia se aplica a todos os que tiveram grande luz e muitas oportunidades e, contudo, não as prezaram (FV [MM 1959], 306).
Falta o fervor do amor. A mensagem à igreja de Laodiceia é aplicável à nossa condição. Quão claramente é pintada a situação dos que julgam ter toda a verdade, que se orgulham no conhecimento da Palavra de Deus, ao passo que seu poder santificador não foi sentido em sua vida! Falta em seu coração o fervor do amor de Deus, mas é este mesmo amor fervoroso que torna o povo de Deus a luz do mundo (FO, 82, 83).
A mensagem laodiceana aos adventistas. A mensagem para a igreja de Laodiceia é altamente aplicável a nós como um povo. Ela nos tem sido apresentada por muito tempo, mas não tem recebido a atenção que deveria. Quando a obra de arrependimento for fervorosa e profunda, os membros da igreja, individualmente, comprarão as ricas mercadorias do Céu. [Citado Ap 3:18]. Oh, quantos estão vendo as coisas numa luz pervertida, na luz que Satanás quer que as vejam!
Vocês podem manifestar grande zelo no esforço missionário, mas, pelo fato de ele estar corrompido com o egoísmo e ter forte presença do eu, não vale nada aos olhos de Deus; pois é uma oferta maculada e corrompida. A menos que a porta do coração seja aberta para Jesus, a menos que Ele ocupe o templo da alma, a menos que o coração seja imbuído de Seus divinos atributos, os atos humanos, quando pesados nas balanças celestiais, serão declarados “em falta”. O amor de Cristo tornaria vocês ricos; mas muitos não percebem o valor de Seu amor. Muitos não compreendem que o espírito que cultivam é destituído da mansidão e da humildade de Cristo, é destituído do amor que os tornaria condutos de luz (Ms 33, 1894).
Cometeu Deus um erro? A mensagem laodiceana se aplica à igreja nestes dias. Vocês creem nesta mensagem? Têm corações que sentem? Ou dizem constantemente: Estamos ricos e abastados e não precisamos de coisa alguma? Será em vão que a declaração da verdade eterna foi dada a esta nação para ser levada a todas as nações do mundo? Deus escolheu um povo e fê-los depositários de uma verdade repleta de resultados eternos. Foi-lhes confiada a luz que tem de iluminar o mundo. Acaso cometeu o Senhor um erro? Somos nós em verdade os instrumentos de Sua escolha? Somos nós os homens e as mulheres que devem levar ao mundo as mensagens de Apocalipse 14, proclamar a mensagem de salvação aos que se encontram à beira da ruína? Agimos nós como se o fôssemos? (ME1, 92).
Professam mas não praticam. A mensagem laodiceana se aplica a todos os que professam guardar a lei de Deus, mas não a praticam. Não devemos ser egoístas em nada. Todo aspecto da vida cristã deve ser uma representação da vida de Cristo. Se não o for, ouviremos as terríveis palavras: “Não vos conheço” (RH, 17/10/1899).
Experiência religiosa insípida. A mensagem à igreja de Laodiceia se aplica categoricamente àqueles cuja experiência religiosa é insípida, que não dão testemunho decidido em favor da verdade (Carta 98, 1901).
“Escutem, oh, escutem”. Digo-lhes, em nome do Senhor, que aqueles que têm tido grande luz estão hoje na condição descrita por Cristo em Sua mensagem à igreja de Laodiceia. (carta 5, 1897).
Neófitos espirituais. Embora façam uma grande profissão de serem cristãos fervorosos, urdem no tecido de seu caráter tantos fios de suas próprias imperfeições que estragam o belo desenho. Acerca deles, Cristo diz: Vocês se vangloriam de serem ricos e abastados de supostos conhecimentos espirituais. Na realidade, não são frios nem quentes, mas estão cheios de vã presunção. A menos que se convertam, não podem ser salvos, pois danificariam o Céu com sua sabedoria não santificada. Não posso aprovar seu espírito e sua obra. Estão seguindo uma norma de sua própria invenção. Porque vocês são mornos, preciso vomitá-los da Minha boca (FV [MM 1959], 306).
Agradeçamos ao Senhor que, se bem que essa classe seja tão numerosa, ainda há tempo para arrependimento (NAV [MM 1962], 346).
Jesus diz: “Eu, o seu Redentor, conheço as suas obras. Estou familiarizado com os motivos que os induzem a declarar orgulhosamente quanto a sua condição espiritual: ‘Estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma.’ ‘Não sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu'” (Ap 3:17).
Aqueles que estão nesta condição são voluntariamente ignorantes. Não discernem o verdadeiro caráter do pecado. Por seus maus atos, constantemente representam mal o caráter de Cristo e O expõem à ignomínia. Professando ter conhecimento da verdade, agem, no espírito, como neófitos. Não parecem compreender a verdade que deve ser expressa em palavras e atos para poder mostrar uma decidida diferença entre o que serve a Deus e o que não O serve. Falsamente reivindicam todas as bênçãos e privilégios cristãos, quando, como representantes de Cristo, não são ricos em graças espirituais nem em boas obras. São miseráveis, pobres, cegos e aleijados. Que condição! Andam em sua própria luz.
Mas, não obstante sua voluntária ignorância, não são deixados pelo Senhor sem advertências e conselhos adicionais (Ms 138, 1902; NAV [MM 1962], 347).
15 A montanha da visão. Se toda pessoa que tem influência pudesse subir a uma montanha, em visão, da qual pudesse contemplar todas as suas obras como Cristo as vê quando declara: “Conheço as tuas obras”; se o obreiro pudesse ver a relação entre causa e efeito no que se refere a todas as palavras e atos objetáveis, não conseguiria suportar a cena (Ms 128, 1903).
15, 16 Piores que os infiéis. Cristãos mornos são piores que os infiéis; pois suas palavras enganosas e a condição de falta de entrega leva muitos a se extraviarem. Os infiéis mostram suas verdadeiras tendências. O cristão morno engana ambas as partes. Nem é bom mundano, nem bom cristão. Satanás serve-se dele para fazer uma obra que nenhum outro pode realizar (NAV [MM 1962], 346).
O destino dos mornos. Há aqueles que, embora professem servir a Deus, estão dando testemunho contra Ele. É dada a eles a mensagem à igreja de Laodiceia. Cristo lhes diz: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente.” Quando o anjo vingador passar pela terra, Cristo não poderá dizer, com respeito a eles: “Não toque neles. Eu os tenho gravados nas palmas das Minhas mãos.” Não; com respeito a esses mornos, Ele diz: “Eu os vomitarei da Minha boca. Eles Me são repugnantes” (Carta 44, 1903).
Mortos em ofensas e pecados. Para aqueles que não a praticam, a Palavra de Deus é uma letra morta. Cristo diz a respeito destes: “Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca.” Ele não pode apresentar o caso deles ao Pai. Se eles compreendessem que são pecadores, Ele poderia pleitear em seu favor, e o Senhor os despertaria com Seu Espírito Santo. Mas estão piores do que mortos em ofensas e pecados. Ouvem a Palavra, mas não a aplicam a si mesmos; em vez disso, aplicam a Palavra falada a seus semelhantes (Ms 163a, 1898).
15-21 A mensagem laodiceana a todo o mundo. A mensagem laodiceana tem estado a soar. Tomem esta mensagem em todos os seus aspectos e transmitam-na às pessoas onde quer que a Providência abra o caminho. A justificação pela fé e a justiça de Cristo são os temas a serem apresentados a um mundo a perecer (Carta 24,1892).
15-22 Trabalho perdido em Laodiceia. Este é o testemunho dado com respeito à igreja de Laodiceia. Esta igreja havia sido fielmente instruída. Em sua carta aos Colossenses, Paulo escreveu: “Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, servo de Cristo Jesus, o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, para que vos conserveis perfeitos e plenamente convictos em toda a vontade de Deus. E dele dou testemunho de que muito se preocupa por vós, pelos de Laodiceia e pelos de Hierápolis.”
Um trabalho excelente foi feito em favor da igreja de Laodiceia. A eles foi dada a exortação: “Sede vós perfeitos como perfeito o vosso Pai celeste.” Mas a igreja não É prosseguimento ao trabalho iniciado pelos mensageiros de Deus. Eles ouviram, mas deixaram de se apropriar pessoalmente da verdade e de praticar as instruções que lhes foram dadas. O resultado que se seguiu é que certamente sempre será produzido pela rejeição das advertências e apelos do Senhor (Ms 128, 1903).
17 Paciência esgotada. Cristo vê aquilo que o homem não vê. Ele vê os pecados que, se não houver arrependimento, esgotarão a paciência de um Deus longânimo. Cristo não pode defender os que estão satisfeitos em sua autossuficiência. Não pode intervir em favor de um povo que não sente necessidade de Seu auxílio, que alega saber e possuir tudo (FO, 83, 84).
17-20 Abriremos a porta do coração? Importa que o templo da alma seja purificado dos compradores e vendedores, para que Jesus possa fazer morada em nós. A porta do coração, como celestial comerciante, Ele diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” “Abram-Me a porta; comprem de Mim as mercadorias celestiais; comprem o ouro provado no fogo.” Comprem a fé e o amor, os preciosos e belos atributos de nosso Redentor, que nos capacitarão a achar o caminho para o coração daqueles que não O conhecem, que são frios e estão alienados dEle por causa da incredulidade do pecado. Ele nos convida a comprar vestiduras brancas, que são Sua justiça gloriosa; e o colírio, para que possamos discernir as coisas espirituais. Oh, não abriremos porta do coração a esse Visitante celestial? (BE, 15/01/1892; NAV [MM 1962], 348).
18 Tesouros incalculáveis. O grande Vendedor de riquezas espirituais os convida a atendê-Lo. […] O Salvador vem com as joias da verdade, que têm o mais alto valor, em contraste com tudo quanto é falsificado e adulterado. Vem a toda casa, a toda porta; está batendo, apresentando Seu tesouro de valor incalculável, insistindo: “Comprem de Mim” (Carta 66, 1894; NAV [MM 1962], 348).
Como fazer as escamas caírem. Em minha última visão, vi que mesmo esta decidida mensagem da Testemunha Verdadeira não cumpriu o desígnio de Deus. O povo continua a modorrar em seus pecados. Continuam a se dizer ricos, e que não necessitam de nada. Muitos indagam: Por que são feitas tantas reprovações? Por que nos acusam continuamente os Testemunhos de desvios da fé e de ofensivos pecados? Nós amamos a verdade; estamos prosperando; não temos necessidade desses testemunhos de advertência e reprovação. Examinem, porém, esses queixosos o próprio coração, e comparem sua vida com os ensinos práticos da Bíblia, humilhem a alma diante de Deus, deixem que a graça divina lhes ilumine as trevas, e as escamas lhes cairão dos olhos, e compreenderão sua verdadeira pobreza e miséria espiritual. Sentirão a necessidade de comprar ouro, que é a fé e o amor puros; vestidos brancos, que é um caráter imaculado, purificado pelo sangue de seu querido Redentor; e colírio, a graça de Deus, a qual lhes dará claro discernimento das coisas espirituais, e indicará o pecado. Essas realizações são mais preciosas que o ouro de Ofir (TS1 329.2).
As valiosas mercadorias do Céu. As mercadorias do Céu são oferecidas a nossas igrejas. Toda pessoa precisa ter decidido interesse no convite de Cristo. Irmãos e irmãs, seus pensamentos são deste tipo? “Estas palavras incisivas e decididas não se referem a mim; estou numa condição espiritual razoavelmente boa, embora talvez não tenha todo o fervor e zelo que alguns têm. Creio na verdade. Aqueles a quem esta mensagem se destina podem recebê-la. Acho que alguns precisam dela.” Vocês, que pensam e arrazoam assim, podem ficar certos de que são exatamente as pessoas a quem esta mensagem se destina. Enquanto as valiosas mercadorias do Céu estão estendidas diante de vocês, aproximem-se e comprem aquilo que vocês perderam: o ouro do amor e da fé, e as vestiduras brancas que são a justiça de Cristo (Carta 30a, 1892).
Virtudes em falta. O ouro que Jesus quer que compremos dEle é o ouro refinado pelo fogo; é o ouro da fé e do amor, que não tem mistura de nenhuma substância que contamine. As vestiduras brancas são a justiça de Cristo, a veste nupcial que somente Cristo pode dar. O colírio é o verdadeiro discernimento espiritual que está tão em falta entre nós, pois as coisas espirituais devem ser discernidas espiritualmente (RH, 01/04/1890).
Ampla provisão para todos. A Testemunha Verdadeira diz: Que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez.” O que é a vergonha desta nudez e pobreza? É a vergonha de nos vestirmos com a justiça própria, e de nos separarmos de Deus, sendo que Ele fez ampla provisão para que todos recebam Sua bênção (Historical Sketches of SDA Mission, 139).
Conselho encorajador. O conselho da Testemunha Fiel é cheio de estímulo e conforto. As igrejas ainda podem obter o ouro da verdade, da fé e do amor, e serem ricas em tesouros celestiais (FV [MM 1959], 306). “Que de Mim compres ouro […] para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez.” As vestiduras brancas são a justiça de Cristo, que pode ser entretecida no caráter. A pureza de coração, a pureza de motivos, caracterizará a todos que estão lavando suas vestiduras e as alvejando no sangue do Cordeiro (RH, 24/07/1888).
Tecido no tear do Céu. Nada há em nós de que possamos revestir o ser de maneira que não apareça a sua nudez. Devemos receber o manto de justiça tecido no tear do Céu, isto é, o imaculado manto da justiça de Cristo (NAV [MM 1962], 348).
Consciência abalizada. Os olhos são a consciência sensível, a lâmpada interior da mente. De sua correta visão das coisas depende a saúde espiritual de toda pessoa e de todo o ser. O “colírio”, a Palavra de Deus, desperta e faz doer a consciência ao ser aplicado; pois convence de pecado. Mas a dor é necessária para que se possa seguir a cura, e para que os olhos tenham unicamente em vista a glória de Deus. O pecador, contemplando-se diante do grande espelho moral de Deus, enxerga-se como Deus o vê e exerce o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo. […]
Os laodiceanos […] não eram inteiramente cegos, do contrário o colírio nada teria feito para lhes restaurar a visão e capacitá-los a discernir os verdadeiros atributos de Cristo. Cristo diz: Renunciando à suficiência própria, renunciando a todas as coisas, por mais que lhes sejam caras, vocês podem obter o ouro, as vestiduras e o colírio, para que possam ver (RH, 23/11/1897; NAV [MM 1962], 348).
18-20 Um Mercador cheio de riquezas. O grande Redentor representa-Se como um mercador celestial, carregado de riquezas, indo de casa em casa, apresentando Seus artigos de valor incalculável [citado Ap 3:18-20] (FO, 84).
À porta do coração. O Senhor bate à porta do coração de vocês, desejando entrar, para que lhes possa comunicar à alma riquezas espirituais. Ele quer ungir os olhos cegos, para que eles possam descobrir o santo caráter de Deus em Sua lei, e compreender o amor de Cristo, que é de fato ouro refinado pelo fogo (RH, 25/02/1890).
Riquezas espirituais. Jesus está indo de porta em porta, parando diante do templo individual de cada pessoa, e proclamando: “Eis que estou à porta e bato” (Ap 3:20). Como Mercador celestial, Ele abre Seus tesouros e apela: “Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez.” O ouro que Ele oferece é sem impurezas, mais precioso que o de Ofir; pois é a fé e o amor. As vestiduras brancas que Ele convida a usar são Seu manto de justiça; e o óleo para ungir é o óleo de Sua graça, que dará visão espiritual à pessoa que está em cegueira e trevas, para que ela possa distinguir entre as atuações do Espírito de Deus e as do espírito do inimigo. “Abram a porta” – diz o grande Mercador, o possuidor das riquezas espirituais – “e negociem comigo. Sou Eu, seu Redentor, que os aconselha a comprar de Mim” (RH, 07/08/1894, FV [MM 1959], 306).
18-21 O conflito é sobre nós. A Testemunha Verdadeira apresenta incentivos a todos quantos estão buscando andar no caminho da humilde obediência, pela fé em Seu nome. Declara: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como também Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono” (Ap 3:21).
Estas são as palavras de nosso Substituto e Penhor. Ele que é a divina Cabeça da igreja, o mais poderoso vencedor, deseja chamar a atenção de Seus seguidores para as labutas, abnegação, lutas e os sofrimentos de Sua vida, por entre desprezos, rejeição, ridículo, desdém, insulto, zombaria e mentiras até ao caminho do Calvário, à cena da crucifixão. Contemplando tudo isso, eles podem ser encorajados a avançar em direção ao alvo, para o prêmio e galardão do vencedor. A vitória é assegurada pela fé e a obediência.
Façamos aplicação das palavras de Cristo ao nosso caso individual. Somos nós pobres, cegos, infelizes e miseráveis? Busquemos então o ouro e as vestiduras brancas que Ele oferece. A obra de vencer não se restringe à era dos mártires. O conflito diz respeito a nós, nestes dias de tentações sutis ao mundanismo, segurança própria, condescendência com o orgulho, cobiça, falsas doutrinas e imoralidade (NAV [MM 1962], 351).
Esperança de reforma. A igreja precisa resplandecer, e resplandecerá, “formosa como a lua, pura como o sol, formidável como um exército com bandeiras”. Os servos de Deus trabalhando junto com Cristo, precisam afastar a maldição que tornou a igreja tão morna. [Citado Ap 3:15-19]. O castigo revela uma esperança de reforma [citados v. 20,21] (Carta 130, 1902).
Os frutos do chamado a Laodiceia. Vi que este chamado à igreja de Laodiceia afetará as pessoas. Deus espera, de nossa parte, um zelo apropriado. Precisamos nos arrepender e lançar fora todas as nossas opiniões; sentir nossa necessidade, comprar ouro para nos enriquecermos, colírio para podermos ver e vestiduras brancas para nos vestirmos (Carta 2, 1851).
Esperança para os laodiceanos. [Citado Ap 3:15-17.] Contudo, o caso dos que são repreendidos não é sem esperança; não está além do poder do grande Mediador. Ele diz: “Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.” Embora os professos segui-dores de Cristo estejam em condição deplorável, não estão ainda em um aperto tão grande quanto as virgens néscias. As lâmpadas delas estavam se apagando e não havia mais tempo para que reabastecessem suas vasilhas com azeite. Quando o noivo chegou, as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; mas, quando as virgens néscias chegaram, a porta já estava fechada, e era demasiado tarde para poderem entrar.
Porém, o conselho da Testemunha Verdadeira não representa os mornos como um caso sem esperança. Ainda há chance de remediarem sua condição, e a mensagem a Laodiceia é cheia de encorajamento, pois a igreja apostatada ainda pode comprar o ouro da fé e do amor, ainda pode obter as vestiduras brancas da justiça de Cristo, a fim de que não seja manifesta a vergonha da sua nudez. A pureza de coração e de motivos ainda pode caracterizar aqueles que são mornos e que estão se esforçando para servir a Deus e às riquezas. Eles ainda podem lavar suas vestiduras de caráter e alvejá-las no sangue do Cordeiro (RH, 28/08/1894).
Há esperança para nossas igrejas se elas derem ouvidos à mensagem enviada aos laodiceanos (Ms 139, 1903).
20 Talentos para esbanjar? A Testemunha Verdadeira diz: “Eis que estou à porta e bato.” Toda advertência, reprovação e súplica contida na Palavra de Deus, ou feita mediante Seus mensageiros, é uma batida à porta do coração; é a voz de Jesus pedindo entrada. A cada batida não atendida se enfraquece mais a determinação de vocês para abrir. Se a voz de Jesus não for ouvida imediatamente, torna-se confusa na mente, pela multidão de outras vozes; os cuidados do mundo e seus negócios absorvem a atenção, e se esvai a convicção. O coração torna-se menos impressionável, e cai numa perigosa inconsciência da brevidade do tempo e da grande eternidade além.
O Hóspede celestial está em pé à porta, enquanto vocês estão empilhando obstáculos para barrar Sua entrada. Jesus está batendo através da prosperidade que Ele lhes dá. Ele os cumula de bênçãos para testar sua fidelidade, a fim de que essas bênçãos possam fluir de vocês para outros. Permitirão vocês que o egoísmo triunfe? Irão esbanjar os talentos de Deus e perderão sua alma por causa do amor idólatra às bênçãos que Ele concedeu? (RH, 02/11/1886; NAV [MM 1962], 350).
Não há mensagem de desânimo. Não temos nenhuma mensagem de desânimo para a igreja. Se bem que hajam sido feitas reprovações, advertências e correções, todavia a igreja tem permanecido como instrumento de Deus para difundir a luz. O povo de Deus, observador dos mandamentos, tem feito soar uma advertência ao mundo, a todos os povos, nações e línguas. A igreja de Deus é uma testemunha viva, um testemunho contínuo, para convencer os seres humanos, uma vez aceita; e para condená-los, caso seja objeto de resistência e rejeição (NAV [MM 1962], 352.2)
20 Tire o lixo. Tire o lixo da porta de seu coração, abra a porta e deixe o Salvador entrar (Carta 1, 1857).
21 Vencer como Cristo venceu. Podemos ter um vago e desagradável senso de imperfeição, mas isto em nada nos beneficiará, a menos que façamos um firme esforço para obter a vitória sobre o pecado. Se desejarmos cooperar com Cristo para vencer assim como Ele venceu, devemos, em Seu poder, resistir com determinação ao eu e ao egoísmo (JM 195.5).